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E lá vai ela dar uma de Eva de novo...



Hello, garotas. Todas vão mais ou menos bem? Sim, porque estar 100% bem neste undo fora de rumo está meio complicado, não acham? Vocês viram como a notícia sobre a criança de dez anos que abortou o filho do tio, sim do maldito tio, chocou o  Brasil? Mas diante do fato inconcebível por si só, o que mais me espantou, e com certeza você também, foi a reação do público, principalmente do dito cristão. Ao assistir à enxurrada de chamadas nos noticiários, me deu vontade de pedir desculpas a esta garotinha e dizer que sim, que ainda vivemos o maldito complexo de Eva, que ainda vivemos em um mundo onde a mulher ainda leva o peso de uma eterna culpa. Queria poder dizer que ela vai mudar de nome, de endereço, mas ainda vai carregar uma maçã estampada na pele, que conhecemos muito bem.


Certa vez, quando era um pouco mais velha do que a menina que falamos agora, fui de minissaia para a catequese. Ao final da aula, a catequista me chamou para conversar e não entendi o porquê. Qual foi minha surpresa ao saber que a altura da minha saia (que estava bastante comportada, por sinal) rendeu buchichos dos garotos da sala. Percebe a diferença? Não foram eles que foram advertidos, mas eu, que fiquei me sentindo terrivelmente suja com apenas onze anos. O-n-z-e a-n-os. 

E assim segue o baile. Estupro? Culpa da mulher oferecida. Casamento desfeito? Culpada mulher descuidada (em relação à casa e ao marido). Traição? Culpa da mulher não ser atraente o suficiente. Filhos mal-educados? Culpa da mulher não passar temposuficiente em casa. Resultado abaixo do esperado na empresa? Culpa da mulher não se dedicar o esperado por cuidar da família. Quando ouço mulheres conversando, fico me perguntando por que engolimos tudo isso com tanta facilidade? Como caímos nessa cilada? Sempre estamos nos autoculpando. O pior é que culpa adoece. Segundo especialistas bioenergéticos, este é um dos sentimentos com menor vibração que existe. Percebe como estamos adoecendo? Vamos tentar nos entender mais um pouquinho, nos valorizar mais um pouquinho. E vamos ver as coisas como elas realmente são, sem culpas, não interessa se temos 10, 40 ou mil anos.

Meu nome é Stella Bousfield.

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